top of page

Lagoinha do Leste e Morro da Coroa, SC

  • Foto do escritor: Jennifer Oliveira
    Jennifer Oliveira
  • 8 de jan. de 2020
  • 5 min de leitura

Atualizado: 13 de dez. de 2020

Florianópolis a famosa Ilha da Magia é uma cidade realmente mágica com suas variadas praias paradisíacas. No post anterior escrevi sobre a minha experiência e sobre os lugares que visitei quando viajei no final do ano de 2019 para 2020 para lá, mas deixei essa publicação específica apenas para o segundo dia que estive por lá, quando passamos o dia na Praia da Lagoinha do Leste.

Para mim, de todos os lugares visitados em Floripa, a Lagoinha de longe foi a praia mais bonita que visitei, pelo fato de não possuir nenhum tipo de urbanização, o acesso ser apenas de trilha ou barco, o que faz com que a praia tenha menor quantidade de pessoas, aliás essa dificuldade de acesso sem dúvidas serve de escudo para proteção e preservação do lugar, ela é uma das poucas áreas da Mata Atlântica ainda preservada em Florianópolis e hoje se inclui em projetos de Proteção Ambiental onde é proibido construir.

A paisagem é extraordinária, uma beleza única com areia clara e fofa, mar verdinho, vegetação por toda a parte e no final da praia existe uma imensa lagoa de água doce que equilibra toda a paisagem e proporciona um misto de possibilidades para todos os gostos: areia, mar, lagoa e pico, tudo no mesmo lugar.

Começamos o trajeto saindo do Saguí Hostel, onde estávamos hospedados no bairro Campeche em um sábado bem cedo, por volta de umas 06 hs, onde passamos no mercado mais próximo para comprar os itens para nosso lanche e nossas bebidas. Por ser totalmente isolada é necessário levar algo para comer para passar o dia por lá pois os pouquíssimos quiosques existentes comercializam apenas água de coco, sucos, água e caipirinhas, nada além disso. Conversando com uma das proprietárias de um dos quiosques, ela nos contou que os quiosques ficam instalados apenas em alta temporada no verão, no restante do ano a praia fica ainda mais isolada.

Depois de passar no mercado e comprar o que precisávamos seguimos de carro até o início da trilha, aqui ressalto mais uma vez: quem for para Florianópolis precisa ter a consciência de que passear de transporte público por lá é praticamente impossível. Então é necessário ter um carro, pagar um uber ou pegar uma carona (sim, em Floripa é super comum e corriqueiro pedir e conceder carona, mesmo sendo normal, tomar cuidado é essencial, principalmente se for mulher).

Para se chegar na Lagoinha do Leste existem dois caminhos: via Praia do Matadeiro, com caminho mais longo com tempo médio de trilha de 2h30 e o caminho mais curto via Pântano do Sul, o trajeto escolhido por mim e foco deste post. Para quem preferir também há possibilidades de ir de barco, recomendo buscar informações com os moradores ou comerciantes locais para confirmar sobre valores e horários.

Do mercado no Campeche até o estacionamento onde deixamos o carro, em frente para o início de uma rua que permite o acesso à trilha levamos em torno de 20 min, o estacionamento custou R$ 10,00. No Google Maps você pode jogar "Início - Trilha da Lagoinha do Leste, R. Manoel Pedro Oliveira, 36 - Pântano do Sul, Florianópolis - SC, 88067-079".

Depois de pegarmos as nossas mochilas iniciamos a caminhada por uma ruinha estreita. Subimos essa rua e minutos depois já avistamos uma placa indicando o início da trilha.

A trilha possui desníveis acentuados e a caminhada leva em torno de 1 hr, com dificuldade técnica considerada moderada. A trilha toda é bem demarcada com degraus de pedras e corrimão de madeira em alguns pontos, praticamente em toda a sua extensão é realizada em mata fechada o que ajuda em dias muito quentes.

Não há possibilidades de se perder, mas se estiver inseguro só baixar o Wikiloc e por lá conferir por qual trajeto quer executar, há trajetos maiores consideradas travessias que partem de outras praias até chegar na Lagoinha. Quando se chega no final da trilha é possível avistar toda a praia e contemplar quão bela é e o quanto a caminhada compensou.

Alguns quiosques alugam guarda sol para a galera, pois na praia não possui vegetação capaz de formar sombras.

Por lá tomamos água de coco e aproveitamos a lagoa, com água parada e menos gelada que o mar, na parte mais rasa dá até para ficar deitado aproveitando o sol.

Mais tarde depois de descansar bastante seguimos rumo ao topo do Morro da Coroa, o topo da montanha da Lagoinha que possibilita uma vista completa da praia e sua extensão, sinceramente é a melhor parte do rolê, o lugar é extraordinário de lindo. A caminhada se inicia próximo da trilha onde se chega e confesso que o caminho não é tão simples, a subida é bem íngreme e o caminho é composto por cascalho solto e pedras, há um ponto ou outro que é preciso utilizar as mãos para auxiliar na subida.

Não possui um caminho definido, há alguns pontos mais demarcados mas aconselho você mesmo observar os melhores pontos para subir e descer, pois quando fui todo mundo estava subindo e descendo por um único caminho, o mais escorregadio e seco, eu fiz um caminho alternativo já chegando lá em cima realizando um breve contorno pela esquerda e foi bem mais tranquilo, o segredo é se atentar onde pisa e tomar cuidado em todos os pontos.

Lá em cima o ponto mais alto gira em torno de 210 m de altitude e no dia que fomos ventava muito. Existe uma pedra estratégica antes de chegar ao topo que possibilita tirar fotos com a ilusão de ótica de um abismo abaixo, pique Pedra do Telégrafo no Rio de Janeiro e em cima dela confesso que tive medo de cair quando estava em pé devido aos fortes ventos.

Deste ponto em diante a caminhada se torna um pouco mais pesada com mais pedras e mais resistência para chegar ao topo do Morro da Coroa, mas garanto que compensa.

O caminho da volta realizamos pelo mesmo trajeto da ida e no retorno passamos em uma lanchonete na rua da trilha mesmo, na garagem de uma das casas e comemos um pastel e depois retornamos para o Campeche.

Posso garantir que a vivência deste passeio compensa todo o sofrimento da caminhada, o lugar é encantador e realmente me senti abraçada por Deus, é extraordinário poder nos conectar com a natureza real incapaz de ser construída pelo ser humano.

Então já sabe, se for passar alguns dias por Floripa inclua a Lagoinha do Leste em seu roteiro e experiencie um rolê mais roots.


Informações Gerais sobre Lagoinha do Leste (Visita no final de 2019):

  • Trekking nível moderado;

  • Não possui nenhum tipo de estrutura na praia (restaurantes, abrigos, lanchonetes etc);

  • Não possui banheiros;

  • Possui sinal de celular.

Informações Importantes:

  • Leve seu lanche e água suficiente para a ida, permanência e retorno;

  • Não deixe seu lixo nas trilhas e na praia (juro, não cai a mão segurar o seu lixo);

  • Respeite e preserve a natureza;

  • Se você se deparar com animais nativos da região respeite-os: eles moram ali, você não!;

  • Não jogue sementes de frutas no caminho, esta ação pode impactar o ecossistema da região;

  • Aproveite com consciência: não escute som alto no trajeto desrespeitando as pessoas que estiverem no local;

  • Deixe e abrigue em si raízes boas por onde passar!

Quanto custou o rolê:


Os gastos para essa viagem em Florianópolis foi descrito neste post: Floripa - Ilha da Magia, SC. O valor investido para conhecer a Lagoinha será apenas a sua condução (passagem, gasolina ou uber); seu consumo na praia (opcional) e a compra da sua alimentação para viagem.

  • Entrada para acessar a trilha: Gratuito

 
 
 

Comments


Post: Blog2_Post

©2021 por Raízes da Estrada.

bottom of page