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Pico do Olho D'água e Pedreira do Dib - Mairiporã, SP

  • Foto do escritor: Jennifer Oliveira
    Jennifer Oliveira
  • 4 de nov. de 2020
  • 5 min de leitura

Atualizado: 14 de jan. de 2021

O estado de São Paulo possui muitos destinos ainda pouco conhecidos fora da selva de pedras, e para quem busca lugares de acesso fácil para curtir um final de semana Mairiporã é uma ótima opção. Um dia desses decidi ir conhecer o tal do Pico do Olho D'água, para quem participa de grupos de trilhas de SP sabe o quanto esse pico é conhecido e todo final de semana tem alguém postando foto por lá, cansada de ver só foto fui ver como era pessoalmente com um roteiro zero programado e decidido as pressas dois dias antes durante um feriado.

O pico tem 1.180 m de altitude e é muito tranquilo e fácil de chegar, para quem tem carro dá para ir até o topo da montanha com o veículo e o caminho todo é asfaltado, o trajeto é feito pela Rod. Fernão Dias até Mairiporã e entra em direção a R. Rosa Pierre Brilha seguindo até o pico, no GPS você pode jogar direto o nome do local e seguir por lá. Para quem for de ônibus, do Tietê tem duas opções que fazem trajeto até o Terminal Rodoviário de Mairiporã: o intermunicipal 042 - Mairiporã Divisa, que sai do ponto da Rua Marechal Odylio Denys, e aqui é importante salientar que este não sai de dentro do terminal Tietê e custa R$ 7,00 com horários disponíveis de segunda e domingo; tem também o intermunicipal Linha 240 que custa R$ 11,45 porém é um micro ônibus de viagem, com bancos estofados, mais confortáveis e mais vazio também, este sai de dentro do terminal mas pegamos ele na Av. Cruzeiro do Sul, com menos horários disponíveis, mas com um trajeto mais rápido e estaciona dentro do terminal em Mairiporã. Descendo do ônibus no terminal é só pedir um 99 ou um uber para o pico, a corrida saiu um pouco mais de R$ 7,00 pelo 99, é bem pertinho mesmo. Do outro lado da estação tem um ponto de táxi, eles também levam mas cobram mais caro, R$ 20,00 a corrida.

Quando chegamos no pico o dono do único camping que tem por lá nos indagou dizendo que o lugar era perigoso e que era melhor ficarmos no camping por segurança, porém estávamos na intenção de um acampamento selvagem e acabamos optando por ficar no topo do pico, zero custos. Antes disso busquei me informar sobre a segurança do lugar, conversei com o motorista que nos levou e ele nos tranquilizou informando que lá era super tranquilo e sentimos que o cara do camping queria ganhar uns clientes, mas para quem tiver interesse é uma ótima escolha por possuir banheiro e o dono informou que oferece a lenha para fogueira.

Vimos o pôr do sol se despedir em uma das pedras que tem por lá e nesse horário ainda tinha algumas pessoas que estavam apenas para contemplar o sol e depois foram embora. Montamos nossa barraca e até umas 21:30 hs da noite estávamos sozinhos no topo. Fazia frio com bastante vento, mas o tempo não nos impediu de admirar uma lua excepcional que fez aquele dia. Horas depois chegaram várias pessoas com barracas e de manhã quando acordamos nos deparamos com uma porrada de barracas ao redor que não nos demos conta da chegada.

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Antes de dormir aproveitamos para assar um pão de alho e comer uma pipoca do vizinho na fogueira que eles fizeram. Aqui vai uma dica importante, no pico venta muito e acender uma fogueira lá é quase impossível se você não tiver lenha comprada, lembrando que fazer fogueira na montanha é inviável devido as possibilidades de incêndio florestal, porém neste pico o local onde se acampa quase não tem vegetação além do solo ser úmido, mas se o fogo necessário for apenas para alimentação leve seu fogareiro que já é o suficiente.

De manhã o nascer do sol que esperávamos ver acabou dando ruim, pois o tempo ficou nublado mas o lugar continuou bonito da mesma forma. O legal do pico é que o topo possui visão 360º de Mairiporã e vale muito a pena conhecer.

Depois de dormir pela segunda vez, tomei um café na barraca, me despedi desse lugarzinho gostoso e peguei uma carona com a galera. Seguimos para conhecer a Pedreira do Dib, uma pedreira desativada desde 1973 e que hoje virou um destino principal para quem curte esportes radicais como rapel e escalada, sendo um dos pontos mais altos para rapel em São Paulo.

Se você estiver de carro é só descer do pico em direção a Rod. Fernão Dias sentindo São Paulo, entrar na Est. Velha São Paulo - Bragança e pegar a Rod. Arão Sahm, o caminho nesse ponto é cheio de curvas mas dá para curtir demais reparando na vegetação local. No final desta rodovia você pode visitar a pedreira de dois ângulos diferentes: pela base, de frente para a água ou pelo topo, é bom se informar com os moradores locais sobre qual a rua exata para acesso pois lá possui muitos trajetos para motociclismo off-road e mountain bike e quando fomos o GPS nos jogou para um desses trajetos e só percebemos quando o carro não subiu rs. De uber o trajeto sai em torno de R$ 27,00, se estiver em duas ou mais pessoas o valor compartilhado sai mais favorável para cada um.

Ah! Um detalhe importante, pedreiras desativadas são antigas áreas de extrações minerais, onde com a água do solo formaram as paisagens bonitas, porém não são águas naturais apropriadas para banho e há várias histórias de pessoas que contraíram doenças nadando em locais como esses, então já sabe, o local é só para curtir a paisagem.

Neste rolê ambos os lugares (pico e pedreira) são gratuitos e nenhum deles obtém comércios locais para alimentação ou banheiros, por isso é bom levar sua água e seu lanche para o período de permanência, de resto: bora viver!


Informações Gerais sobre Pico do Olho D'água e Pedreira do Dib (Visita em novembro de 2020):

  • Acessos via estradas asfaltadas;

  • Não possui nenhum tipo de estrutura nos locais (restaurantes, lanchonetes e banheiros) mas nas proximidades existem comércios e o centro da cidade fica há poucos minutos de distância;

  • No pico existe um camping com diária em torno de R$ 35,00;

  • Possui sinal de celular.

Informações Importantes:

  • Não deixe seu lixo (juro, não cai a mão segurar até a próxima lixeira);

  • Respeite e preserve a natureza;

  • Se você se deparar com animais nativos da região respeite-os: eles moram ali, você não!;

  • Não jogue sementes de frutas na região, esta ação pode impactar o ecossistema local;

  • Aproveite com consciência: não escute som alto no trajeto e na montanha desrespeitando as pessoas que estiverem por perto;

  • Deixe e abrigue em si raízes boas por onde passar!

Quanto custou o rolê:

  • Ônibus para Mairiporã: Linha 240 - R$ 22,90 ida e volta

  • 99 para subir no pico: R$ 7,00

  • Acampamento: Gratuito

  • Ida para Pedreira: Gratuito (pegamos carona)


Segue link dos horários dos ônibus intermunicipais com saída da Capital de São Paulo:


Basicamente você só vai gastar o valor das passagens e os trajetos de uber/99 ou gasolina até os locais, então aproveita!

 
 
 

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